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Arco-íris















Arco-íris

Ela fez um arco-íris
com lápis de cor e alegria.

Depois virou o papel
pra ver, de ponta-cabeça,
o arco que coloria...

E olhando assim, parecia,
que o céu, todo exibido
e tão feliz pelo presente,
do desenho lhe sorria...


Helena Chiarello

Imagem (edit): Google

Pipa, menino e vento


Pipa, menino e vento

Bem lá no alto,
nas nuvens,
uma pipa colorida
dançava feliz ao vento
brincando de carrossel.

Aqui de baixo ele olhava
com seus olhos de menino.

[Eu de longe observava
a pipa,
o menino,
o vento
e a fantasia-criança
colorindo o azul do céu...]

Ele sonhava e corria,
segurando o carretel.

E nem sabia o menino
que tinha nas mãos a linha
que mantinha,
lá no alto,
os seus sonhos de papel...


Helena Chiarello

Mel e as formiguinhas...


















Mel e as formiguinhas...

Com asas de um pensamento
que (tão leve!)
flutuava,
olhos atentos,
curiosos,
ela via
e perguntava...
- Passa uma,
passam duas...
Onde vai dar essa estrada?
E no instante de criança
decifrava
a longa fila,
carregada de esperanças,
que em sua infância
passava...

Helena Chiarello

(Para minha filha Mel, que me deu essa imagem e pediu um poeminha... rs)

Imagem: Google

Encantamentos



Encantamentos


De repente eu estava lá,
brincando gangorras
e saltitando amarelinhas,
colhendo fantasias
no jardim de lagartas e borboletas,
tagarelando histórias,
inventando princesas e castelos
no caramanchão de glicínias
e voando até o céu
num balanço de corda.

E todas aquelas coisas
(até a boneca de pano
que contava segredos)
faziam sentido.

Por mágicos instantes
eu estava lá,
no tempo dos sorrisos
por dentro do vento,
espiando, na ponta dos pés,
um espelho de saudade
que me surpreendeu
com fitas de cetim
e restos de sol
nos cabelos.

Sorri ao dia que despertava
e à doçura
de um pensamento:

Há tanta infância em mim,
quando sonho...


Helena Chiarello

Imagem (edit): Google

Vaga-lume


Vaga-lume

Toda noite, no jardim,
adoro ficar olhando
o vai e vem divertido
de um vaga-lume piscando.

Ele chega bem pertinho
e acende a luzinha assim...
Depois voa, todo bobo,
como quem foge de mim!

Fico um tempão procurando!...
E o danado foi pra onde?
Eu acho que o vaga-lume
quer brincar de esconde-esconde!


Helena Chiarello

Imagem (Edit): Google

Borboletas


Borboletas

Com pés de alegria e vento
abro meus braços e sonhos
e com alma de criança
corro atrás de borboletas.

Umas voam,
outras, não.

As que voam, vão pra longe,
balançando suas asas
(coloridas como as coisas
da minha imaginação).

As que ficam, beijam flores,
contam histórias de vento,
e às vezes brincam, faceiras,
na palma da minha mão.

(Tão macia
a sensação!)

Com suave movimento,
pousam sorrisos e cores
num pedacinho de infância
que bate em meu coração.

Helena Chiarello

Imagem (Edit): Google

Asas e sonhos...


Asas e sonhos...

Vestida de alegria e cores,
dançava a vida entre as nuvens
e corria pelos jardins

(cabelos caindo como vento
sobre as pétalas das flores)

Sorria sóis
e dizia estrelas
e inventava muitos sonhos,
que enfeitava
com asas de borboletas...

Helena Chiarello

Imagem (editada por mim): Google

Menininho



Menininho

Ajeitou,
matou no peito,
mas deu um bico sem jeito.
Queria dar “uma surra”
e ganhar de goleada.
Mas a pressa jogou contra...
E de gol,
não marcou nada!...

Voltou pra casa mais cedo,
chutando,
com pés descalços,
uma bola derrotada...
E talvez,
como “troféu”,
ganhasse uma outra surra
pela vidraça quebrada...

Helena Chiarello

Imagem (editada por mim): Google

Menininha



Menininha

Apoiada na janela,
olhava a noite estrelada,
com um sorriso de sonho
no rostinho de criança
que segurava entre as mãos.

A fantasia enfeitava
os seus olhinhos brilhantes.

E ela via,
encantada,
no céu, uma linda fada,
com vestido de veludo
bordado com mil diamantes...

Helena Chiarello

Imagem (Edit): Google

Entre gatos e passarinhos



Entre gatos e passarinhos

De cima de um muro alto
espiava um gatinho.
Torcia o bigode, curioso,
mexia, nervoso, o focinho,
tentando chegar mais perto
do galhinho de uma árvore
onde estava um passarinho.

O gatinho, esfomeado,
olhou, mediu com cuidado
a distância que havia
entre ele e o passarinho,
e deu um salto arriscado
pra apanhar o coitadinho...

Mas passarinho tem asa
e esperteza também!
Voou rápido, o bichinho
(meio surpreso e assustado)
e pra não virar comida
fugiu pra árvore ao lado.

O gato, desajeitado,
ficou roxo de vergonha
(e esfolado também!)
Errou o pulo, o coitado,
ficou num galho enroscado
e não almoçou ninguém!

Um dia ainda te pego,
miau-miou o gatinho.
Vai ter que ser mais esperto
piu-piu riu o passarinho.
Deixou o gato miando,
bateu as asas, cantando
e foi fazer outro ninho.

Helena Chiarello

Imagens: Google, editadas por mim